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quinta-feira, 17 de março de 2011

Diagnósticando a deficiência auditiva


Autora: Cláudia Pietrobon


A audição desempenha um papel muito importante e decisivo no desenvolvimento e na manutenção da comunicação, por meio da linguagem falada, além de funcionar como um mecanismo de defesa e alerta contra o perigo que funciona 24 horas por dia, pois nossos ouvidos não descansam nem quando adormecemos. A perda auditiva é uma deficiência, uma incapacidade e uma desvantagem oculta, especialmente na criança pequena, que não pode dizer que não está ouvindo bem, pois se não detectada e tratada em tempo hábil, pode levar a um retardo sério no desenvolvimento de fala e linguagem, além de gerar problemas sociais, emocionais, educacionais e de saúde. Geralmente, é o atraso no desenvolvimento da fala da criança que leva a mãe a procurar a ajuda de um especialista e não a preocupação com o fato de seu(a) filho(a) não poder estar ouvindo, normalmente. Entretanto, a falta de estimulação acústica nos primeiros anos de vida gera uma lacuna de difícil recuperação, por tratar-se de um período crítico para o desenvolvimento de funções que possibilitarão a aquisição de linguagem em tempo certo. Hoje em dia, em nossa realidade já é possível diagnosticar a deficiência auditiva em bebês recém-nascidos, observando as respostas reflexas que estes apresentam aos estímulos sonoros intensos e submetendo-os a avaliações objetivas como as emissões otoacústicas e os potenciais auditivos evocados  de tronco encefálico, procedimentos esses, seguros e de rápida aplicação. 
Atualmente foi sancionada a lei nº 12.303, em 2 de agosto de 2010, no qual torna-se obrigatória a realização da Triagem Auditiva Neonatal ou Teste da Orelhinha em hospitais e maternidades, visando a avaliação da audição em recém nascidos para diagnóstico precoce de perda auditiva, uma vez que sua incidência, na população geral, é de 1 a 2 por 1000 nascidos vivos . 
Entre o nascimento e os 3 anos de idade, o milagre da comunicação humana desenvolve-se a uma incrível velocidade. Portanto, para todos os distúrbios auditivos, mas principalmente, para as perdas auditivas severas a profundas, quanto mais cedo forem diagnosticadas, maiores serão as chances de habilitar o seu portador, por intermédio da seleção, indicação e adaptação adequadas de aparelhos de amplificação sonora individual e do emprego de métodos de treinamento apropriados, que permitam o desenvolvimento pleno de suas capacidades de comunicação.


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