Em 28 de Abril de cada ano é celebrado o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, instituído pela Organização Mundial do Trabalho (OIT), em homenagem ao grave acidente ocorrido nesta data, em 1969, numa mina dos EUA, onde morreram dezenas de trabalhadores.
A primeira cerimónia teve lugar em 1996, em Nova Iorque, na Organização das Nações Unidas, e, em 2001, a data foi reconhecida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e passou a ser celebrada oficialmente em muitos países.
Apesar de todas estas celebrações, a luta contra a sinistralidade laboral está longe de ser uma realidade. As estatísticas continuam a mostrar um balanço triste e, o mais grave é que, para alguns, a prevenção laboral não passa disso: balanços, informações, estatísticas.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em todo o mundo ocorrem 270 milhões de acidentes de trabalho e são registadas mais de 160 milhões de doenças profissionais a cada ano.
Esses acidentes e doenças profissionais causam, anualmente, mais de 2,2 milhões de mortes e provocam uma redução de 4% no PIB (Produto Interno Bruto) mundial.
Atualmente, os destaques estão no sector de construção civil, um dos maiores geradores de emprego em muitas partes do mundo e também responsável por altos índices de acidentes e doenças relacionados ao trabalho.
Entre os grupos, estão os trabalhadores jovens (15 a 24 anos), que sofrem por sua inexperiência, e os idosos (com mais de 55), mais propensos a acidentes fatais no trabalho.
Ainda de acordo com o relatório preparado pela OIT por ocasião da data, cerca de 17 % de todos os acidentes fatais no local de trabalho ocorrem na indústria e na construção.
Isso representa 60 mil mortes por ano, ou uma morte a cada 10 minutos.
O relatório da OIT reforça a necessidade de melhor planeamento e coordenação para lidar com as questões de saúde e segurança nos locais de construção, assim como um maior foco na prevenção de doenças e acidentes relacionados ao trabalho.
O estudo da OIT aponta que os trabalhadores jovens sofrem mais acidentes sérios, porém não-fatais, e esse maior risco pode ser relacionado com a falta de experiência e treinamento, assim como pela pouca maturidade física e emocional.
Assim, educação para o trabalho e treinamento são elementos-chave nos programas de prevenção para este grupo.
No outro extremo da escala etária, trabalhadores com mais de 55 anos parecem estar mais susceptíveis a sofrerem doenças ocupacionais fatais, se comparados aos demais colegas.
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