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sábado, 21 de maio de 2011

Dedo, chupeta e os problemas para os dentes das crianças

Nilson Cardoso

Na fase dos dentes de leite, uma das preocupações dos odontopediatras, fonoaudiólogos bem como dos pais é o hábito de usar chupeta ou chupar o dedo. Esses hábitos correspondem a um instinto natural dos bebês, o da sucção, e, principalmente para os que não mamam no peito, são uma espécie de mal necessário – o bebê precisa mesmo sugar e não se deve privá-lo disso. 

Porém, os movimentos de sucção realizados para chupar o dedo ou a chupeta estão longe de ser os ideais para a dentição do bebê. Diferentemente dos movimentos para sugar o peito, não favorecem de forma correta o desenvolvimento da musculatura e dos ossos faciais, prejudicando assim a deglutição, a mastigação e a fala. A freqüência, a intensidade e a duração desses hábitos podem determinar problemas ortodônticos nos dentes permanentes. 
É mais fácil controlar esses três fatores (freqüência, intensidade e duração) com a chupeta do que com o dedo. A primeira pode ser retirada em momentos estratégicos (assim que o bebê adormece, por exemplo) e o dedo está, literalmente, "sempre à mão". É mais fácil, também, tirar a chupeta na época necessária – sendo o ideal até os 2 anos, segundo os dentistas. Mas eles também acreditam que, se o hábito for removido até os 3 ou 4 anos, eventuais problemas ortodônticos podem ser revertidos. 
O que o hábito pode causar 
- Deixar a arcada muito estreita ou muito aberta. 
- Favorecer a mordida cruzada. 
- Empurrar os incisivos superiores para frente. 
- Prejudicar o formato do palato (céu da boca). 
Como minimizar esses efeitos 
- Use chupetas ortodônticas. 
- Não ofereça a chupeta a todo o momento nem ao menor sinal de choro do bebê. 
- Não deixe a chupeta pendurada na roupa ou em correntinhas, sempre à disposição. 
- Assim que a criança adormecer, retire a chupeta. 
- Se o bebê chupa o dedo, tente substituir pela chupeta ortodôntica. 
- Quando a criança estiver com o dedo na boca, atraia sua atenção para atividades que ocupem as mãozinhas.
Fonte: Revista Crescer

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