A etapa inicial do processo digestivo é a mastigação.
Trata-se da mais importante função do sistema estomatognático, que depende da
saúde dos dentes e de adequados movimentos mandibulares, coordenados pelas
articulações temporomandibulares (ATM) e sistema neuromuscular orofacial.
A mastigação fica comprometida na presença de diminuição da
tonicidade muscular orofacial e comprometimento dos movimentos musculares. O
alimento deve sempre ser bem mastigado para melhor auxiliar na digestão, pois,
as enzimas digestivas atuam sobre a superfície das partículas alimentares.
Na mastigação adequada, o ritmo mastigatório deve durar de
30 a 40 segundos, com uma média de 15 a 20 ciclos mastigatórios, afirmam
Gonçalves e Chehter (2011). Além disso, a mastigação deve ser bilateral
alternada, com movimentos verticais e rotatórios de mandíbula.
Ainda segundo os autores, uma mastigação eficiente deve
triturar o alimento em partículas cada vez menores, que, ao serem misturadas à
saliva, transformem-se no bolo alimentar. Esse bolo, quando bem triturado,
favorece a ação das enzimas, aumenta a velocidade de passagem do alimento pelos
compartimentos digestivos e evita a escoriação dos mesmos.
Quando o alimento é pouco mastigado, esse bolo alimentar
apresenta partículas grandes que são engolidas e digeridas com maior
dificuldade. Esse alimento caba sendo digerido mais lentamente, causando uma
sobrecarga na atividade digestiva, pois, o estômago precisa trabalhar muito
mais para misturar o bolo alimentar mal preparado.
Bibliografia
consultada: GONÇALVES, R.F.M.; CHEHTER, E.Z. Perfil mastigatório de obesos
mórbidos submetidos à gastroplastia. Revista CEFAC, Dezembro, 2011
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