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sábado, 2 de julho de 2011

Doença de Parkinson Uma Abordagem Multidisciplinar FONOAUDIOLOGIA/ NUTRICÃO


Alterações fonoaudiológicas na doença de Parkinson ocorrem basicamante, por dois sinais cardinais: bradicinesia (lentidão dos movimentos) e rigidez e pela disautonomia (complicação não-motora).
A voz se torna baixa (volume), rouca, monótona; a fala apresenta alterações na fluência, chegando á gagueira, hesitação e articulação imprecisa dos sons; a deglutição começa a ficar comprometida pela dificuldade na mastigação dos alimentos, perda da saliva, acúmulo da mesma ou espessamento, o que aumenta o risco de pigarros, tosses e engasgos, podendo levar até a broncoaspiração e a infecções do trato respiratório.
Por conta da fácies inexpressiva, a face em máscara, causa uma dismotilidade na musculatura da mímica facial, isso pode gerar dificuldades no vedamento labial, movimentação de bucinadores e limitação nos movimentos mandibulares. Sendo assim, exercícios mioterápicos, poderiam ser indicados na tentativa de minimizar os sintomas citados anteriormente.
Manobras protetoras, tais como a supraglótica, deglutições múltiplas, elicitação do reflexo de tosse, levantamento da laringe, fechamento glótico com coordenação respiração/sucção/deglutição, deglutição com lateralização de cabeça, utilizadas para reabilitação da disfagia podem ser usadas para evitar as aspirações.
O fonoaudiólogo deverá avaliar o paciente quando este estiver sob efeito da medicação, tendo seus sintomas minimizados. É recomendada que a alimentação ocorra neste período se possível. Ele deve ser o responsável pelo monitoramento e adequação da consistência dos alimentos, enquanto o nutricionista tem a função de fornecer suporte nutricional, baseando-se na consistência estabelecida pelo fonoaudiólogo.
Durante a evolução da doença, podem ser observados alguns sintomas que dificultam uma alimentação adequada. Alterações nutricionais, perda de peso, obstipação intestinal, interações dos medicamentos com os nutrientes, problemas com o apetite, deglutição, mastigação, entre outros, podem ocorrer e cabe ao nutricionista a adequação da dieta para manter o bom estado nutricional do paciente.
Fonte: Revista Home Care Brasil – Ano III –N°30 – Maio/Junho/2010

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