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terça-feira, 13 de março de 2012

Conversa de bebê

Os bebês aprendem a falar escutando, explorando e respondendo aos sons do mundo ao seu redor. Aqui você encontra algumas maneiras de melhorar e motivar o desenvolvimento linguístico de seu bebê.
Conversa de bebê idade requerida: 0 meses - 2 anos, os bebês aprendem a falar escutando, explorando e respondendo aos sons do mundo ao seu redor. Aqui você encontra algumas maneiras de melhorar e motivar o desenvolvimento lingüístico do seu bebê
 
Os bebês aprendem a falar escutando, explorando e respondendo aos sons do mundo ao seu redor. Aqui você encontra algumas maneiras de melhorar e motivar o desenvolvimento linguístico do seu bebê.
Fale com o bebê durante o dia. Encontre qualquer desculpa para falar. Descreva, explique e elabore as coisas que vocês dois estão fazendo. Pesquisas mostraram que a qualidade e quantidade das suas interações verbais contribuem diretamente para a velocidade na qual seu bebê aprende sua linguagem.
Explore os ritmos da linguagem. Encoraje o conhecimento do seu bebê sobre cadências e padrões rítmicos da linguagem, ensinando-o jogos de dedos, usando rimas, cantando canções e músicas de ninar.
Leia para o seu bebê. Exponha-o desde cedo a uma variedade de livros de alta qualidade, e estabeleça um ritual e rotina para ler alto para ele todos os dias.
Desde o nascimento, os bebês adoram que falem com ele, e eles gostam ainda mais se você olha diretamente para ele enquanto fala. Estudos mostram uma forte conexão entre o número de “conversações” que um bebê tem com seus pais e o desenvolvimento intelectual.

Retirada de hábitos orais: Mamadeira

 
Recomendamos que os hábitos orais devem ser evitados ou eliminados o mais precocemente possível. 
Como fazer isso?
·         A amamentação deve ser exclusiva até 6 meses, mas as mães que conseguirem amamentar um pouco mais, já poderão fazer a transição do peito para o leite na caneca/copo, além da introdução gradual de outros alimentos.
·         Se não foi possível amamentar após todas as tentativas ou por condição física da mãe ou do bebê (doença/incapacidade), utiliza-se a mamadeira com bico ortodôntico e furo sem alargamento. Somente para o tempo necessário, começando a oferecer o leite na caneca/copo assim que a criança já apresentar controle de cabeça e deglutição adequados para tal (quando ela já ficar na posição sentada e consegue ingerir pequenos goles sem se afogar). Muita paciência nesta hora: a criança não se alimentará com a mesma velocidade do adulto.
·         Evitar o uso de diversos modelos de mamadeiras, levando a todo o lugar, quando a criança está fazendo a transição na forma de tomar o leite.
·         Mostrar a importância de crescer e, como crianças maiores, poder tomar o leite na posição sentado como os maiores (conscientização do deixar de ser bebê).
·         Evite trocar ou negociar a substituição por outras coisas. Isso mostra que você não está certo de que quer o melhor para seu filho.
Ainda assim, algumas crianças maiores reclamarão. Mostre a elas problemas que podem acontecer devido a extensão do hábito, como a alteração na arcada dentária.
As principais condutas da família para a retirada do hábito é constância e coerência, ou seja, se você já avisou que vai trocar a mamadeira pelo copo, que o uso prolongado da mamadeira pode prejudicar seus dentes, será incoerente oferecer a mamadeira assim que a criança começar a chorar. Fique tranquilo, explique.
Ofereça amor, carinho e conscientização ao seu filho!

domingo, 11 de março de 2012

Desenvolvimento Linguístico

Quantos pais se questionam sobre se os seus filhos estão a seguir um desenvolvimento linguístico normal? Certamente serão mais do que aqueles que imaginamos.
Muitas vezes somos abordados por estes pais que nos procuram para satisfazer as suas dúvidas. “Será normal ele ainda não fazer isto?”, “Até que idade é que é normal que não se perceba o que o meu filho diz?”. Perguntas normais cujas respostas variam de criança para criança, de família para família.
O desenvolvimento da linguagem não é estanque e, está sujeito a pequenas variações pelo que é necessário olhar para a literatura como uma linha orientadora e não como uma regra obrigatória.
Assim, apresentam-se algumas características das etapas de forma a guiar e ajudar os pais durante o desenvolvimento linguísticos das suas crianças.
                             1 Ano
Compreensão verbal
·         Três palavras no mínimo
·         Entende o não e o seu nome
Expressão verbal
·         Diz a primeira palavra
·         Usa muito a lalação (balbuciar, palrar)
·         Tenta repetir sons produzidos por outros
·         Usa a entoação durante a sua lalação de forma aproximada à fala
·         Direciona gestos e sons para outras pessoas
Articulação
·         Balbucio
Pragmática
·         Grita ou tosse para chamar a atenção
·         Atira objetos que não quer
·         Diz “adeus”
·         Estende os braços para que lhe peguem ao colo
·         Aproxima-se para pedir um objeto
·         Repete as ações que observa
                              2 Anos
Compreensão verbal
·         Compreende aproximadamente 300 palavras
·         Compreende ordens simples
·         Reconhece objetos, pessoas, animais de estimação, familiares e algumas partes do corpo
Expressão verbal
·         Diz palavras isoladas
·         Combina duas palavras na mesma frase
·         Vocabulário de 200 palavras
·         As palavras são majoritariamente substantivos, mas começam a aumentar o número de verbos
·         Omite os artigos e verbos auxiliares das frases
·         Produz sons de animais
Articulação
·         Majoritariamente vogais
·         50% do seu discurso são perceptíveis
Pragmática
·         Bastante comunicativo
·         Gosta de histórias
·         Fala sozinho
·         Provoca, rabuja ou avisa usando gestos e vocalizações
·         Faz diálogos curtos e exprime emoções
·         Começa a usar a linguagem de forma imaginativa
   3 Anos
Compreensão verbal
·         Compreende um vocabulário variado
·         Executa ordens mais complexas com duas ações
·         Identifica categorias de nomes, noções espaciais e objetos pelo uso
·         Mostra interesse nas explicações “porque” e “como”
Expressão verbal
·         Frases telegráficas (frases curtas e segmentadas), com uma média de 4 palavras
·         Vocabulário médio de 900 palavras
·         Descreve ações num livro e experiências imediatas
·         Faz perguntas
·         Usa pronomes pessoais (eu, tu, ele, comigo, contigo, nós, etc.)
Articulação
·         Consolidação das consoantes labiais (/p, b, m/)
·         75% do seu discurso são perceptíveis
·         Redução dos grupos consonânticos, omissões de sílabas ou repetições, anteriorização de consoantes posteriores
Pragmática
·         Fala muito, com diálogos longos
·         Anuncia intenções e respeita a vez
·         Chama a atenção sobre si com palavras como “olá”
4 Anos
Compreensão verbal
·         Vocabulário extenso
·         Entende as relações causais
·         Compreende histórias simples e frases mais complexas
·         Reconhece plurais, pronomes que diferenciam os sexos e adjetivos
Expressão verbal
·         Frases gramaticais
·         Produz de 900 a 1500 palavras
·         Apresenta ainda algumas alterações na estrutura das frases
·         Controla e exerce crítica sobre os outros
·         Completa analogia opostas (ex: o irmão é um menino, a irmã é uma…)
·         Usa frases com ordens e frases compostas
Articulação
·         Consolida as consoantes oclusivas (/p, b, t, d, k, g/)
·         95% do seu discurso são perceptíveis
·         Faz redução dos grupos consonânticos
Pragmática
·         Descreve o passado
·         Gosta de rimas
·         Pede autorização
·         Usa a linguagem para fantasiar e dizer piadas
·         Corrige os outros e auto-corrige-se quando o outro não compreende
   5 Anos
Compreensão verbal
·         Entende palavras mais abstratas
·         Reconhece relações entre palavras
·         Obedece a ordens complexas
·         Compreende frases complexas subordinadas
Expressão verbal
·         Frases complexas com poucos erros gramaticais
·         Consegue definir palavras
·         Produz cerca de 2000 palavras
·         Usa conjunções e preposições
·         Conta histórias sobre si mesmo
Articulação
·         Consolida as fricativas (/f, v, s, z, x, j/)
·         100% do seu discurso são perceptíveis
Pragmática
·         Aprende a manipular através da linguagem
·         Faz pedidos indiretos
·         Narrativas caracterizadas por terem uma sequência de acontecimentos mas sem personagem principal
    6 Anos
Compreensão verbal
·         Compreende sensivelmente tudo o que lhe seja transmitido pelo adulto ou pelo grupo de pares
·         Compreende a noção de oposto, tempo
·         Compreende aproximadamente 13000 palavras
Expressão verbal
·         Usa cerca de 2500 palavras
·         Usa todas as estruturas frásicas, pronomes e verbos irregulares
·         Recorre a adjetivos comparativos e superlativos
·         Relata narrativas fantasiosas
·         Troca informações e conta histórias familiares
·         Nomeia algumas letras do alfabeto
Articulação
·         Discurso passível de ser comparado ao discurso do adulto
Pragmática
·         Narrativas com tema central e personagem principal
·         Faz ameaças e insultos
·         Faz promessas e é capaz de fazer elogios

Disfonias funcionais e seus Fatores causais

As chamadas disfonias funcionais são alterações vocais que não apresentam nenhuma lesão visível no exame laringoscópico.
Esse tipo de disfonia é o mais frequentemente encontrado. Suas causas devem-se ao uso incorreto da voz e inadaptações vocais. A falta de conhecimento vocal e o modelo vocal deficiente resultam no uso incorreto da voz. Abaixo veja alguns exemplos de fatores causais das disfonias funcionais, segundo Behlau, Azevedo, Pontes & Brasil.
-falta de alinhamento postural adequado entre a cabeça e o corpo;
-soltar o ar expiatório antes de falar;
-inspirar profundamente antes de cada emissão;
-falar na inspiração;
-falta de coordenação adequada entre a respiração e a fonação;
-tensão generalizada de todo o corpo durante a emissão;
-tensão generalizada de todo o aparelho fonador durante a fala;
-usar constantemente intensidade excessivamente elevada ou reduzida;
-usar constantemente velocidade de fala aumentada;
-cantar constantemente sem técnica vocal adequada;
-usar excessivamente freqüências muito agudas ou muito graves;
-não articular de modo diferencial os sons da fala;
-falar constantemente sussurrando;
-usar constantemente práticas vocais abusivas como pigarrear e tossir com esforço;
-falar por longos períodos com o fone do telefone apoiado no ombro.

Fonoterapia aperfeiçoa resultados da cirurgia bariátrica


Muitos profissionais estão envolvidos na recuperação de um paciente submetido à cirurgia bariátrica, conhecida popularmente como cirurgia de redução de estômago. O fonoaudiólogo, sobretudo nas subáreas da motricidade orofacial (MO) e de voz, é um desses profissionais com papel importante no resgate da qualidade de vida.
     O médico Gabriel de Vargas, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, explica que essa cirurgia consiste em reduzir o tamanho do estômago. Ele afirma que, após a cirurgia, obrigatoriamente, haverá uma mudança de comportamento alimentar, pois os alimentos serão ingeridos em pequena quantidade e precisarão ser bem mastigados.
     Nem sempre, no seu processo de reeducação, o paciente procura um fonoaudiólogo. “Temos de entrar no contexto de vida do paciente, que está buscando melhor qualidade de vida. Há muitas doenças associadas que são consequências da obesidade”. Explica a fonoaudióloga Marlei Braude Canterji.
     Mastigação, deglutição, sucção e respiração corretas, além de musculatura sem flacidez, são algumas das áreas em que o fonoaudiólogo irá atuar. “É fundamental que a fonoaudiologia auxilie o paciente, no sentido de favorecer a ingestão de qualquer tipo de alimento, em qualquer ocasião”, afirma Marlei.
     A fonoaudióloga Vitória Régia Brandão explica que é necessário fazer uma avaliação do paciente antes da cirurgia e orientá-lo sobre como deve manipular os alimentos. “Falo também sobre os ajustes da respiração, deglutição, mastigação e de fala.” De acordo com o profissional, a tendência é a musculatura da face do paciente se tornar flácida. Com isso, respiração e mastigação podem se tornar inadequadas. Assim, durante as terapias fonoaudiológicas, o paciente trabalha a musculatura do rosto e do pescoço.
     A fonoaudióloga Silvia Sachett, explica que a terapia é definida a partir das necessidades do paciente. Ela observa que a maioria desses paciente precisa reaprender a mastigar. Com os exercícios para a musculatura, não só as questões funcionais são melhoradas, mas também o fator estético.
     De acordo com a fonoaudóloga Débora Cardoso Rossi, a presença do fonoaudiólogo na equipe de cirurgia bariática ainda não é comum. O trabalho fonoaudiológico precisa ser mais divulgado com esses pacientes tanto no pré-cirúrgico quanto no pós-cirúrgico. “No pré-cirúrgico, é possível trabalhar os músculos mastigatórios, orientar a mordida, a quantidade de alimento a ser ingerido e a postura correta para degluti-los”.
     Após a cirurgia e no decorrer da perda de peso, o fonoaudiólogo verifica as funções de respiração, mastigação, deglutição, fala e voz. Segundo Débora, questões sobre saúde vocal devem ser observadas, principalmente em profissionais da voz. “Mesmo com a dieta estipulada pelo nutricionista, o fonoaudiólogo precisa acompanhar o processo mastigatório”, explica.
Silvia afirma que pode haver discordância entre médicos e fonoaudiólogos sobre o atendimento por ainda não haver um protocolo. Para ela, posteriormente, todos os pacientes passarão por uma triagem.
     O médico Gabriel Vargas conta que a presença do fonoaudiólogo na equipe é uma experiência pioneira no Rio Grande do Sul. Segundo ele, há uma diferença muito importante na adaptação aos alimentos sólidos, principalmente a carne vermelha. “Temos casos de pacientes, operados antes de o fonoaudiólogo fazer parte da equipe, que não comiam carne a mais de três anos. Após o acompanhamento fonoaudiológico, passaram a se alimentar normalmente. Hoje, tenho certeza de que o atendimento fonoaudiológico pré e pós-operatório é indispensável”, destaca.
Fonte: Revista Comunicar, ano XII - número 48

segunda-feira, 5 de março de 2012