EstimuLar

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Como estimular a atenção e comunicação em crianças do espectro autístico

ESTRATÉGIAS PARA FACILITAR O COMPARTILHAR DA ATENÇÃO

Ø Partir de objetos e situações que a criança já mostra interesse para iniciar interação social.

Ø Utilizar estímulos visuais nas atividades pedagógicas e no dia-a-dia (organizar o horário, mostrar aonde ela vai e o que vai acontecer).

Ø Estruturar o ambiente de forma que a criança preveja o que se espera dela em cada situação.

Ø Aproveitar situações e horas naturalmente agradáveis para a criança (banho, comida) para ensinar e trabalhar conceitos.

Ø Diminuir o tempo que a criança fica sozinha e sem atividade.

DICAS SOBRE COMO EXERCITAR A LEITURA SOCIAL

Ø Nomear as emoções na hora que elas acontecem, em situação natural Iniciar com emoções simples como alegria, tristeza, medo e após passar para emoções complexas e mais internalizadas como vergonha e orgulho.

Ø Criar pequenas estórias onde a leitura social é diferente para as diferentes óticas.

Ø Estimular empatia (simpatia pelo sentimento dos outros).

Ø Ensinar qual a resposta emocional apropriada para cada situação.

DICAS DE COMO ESTIMULAR A COMUNICAÇÃO

Ø Responder a qualquer iniciativa e comunicação

Ø Apresentar objetos do interesse da criança

Ø Dar um intervalo de tempo entre mostrar e nomear um objeto. Quando fizer uma pergunta, faça perguntas abertas (que não caibam resposta com uma palavra). Tenha paciência para esperar a resposta.

Ø Utilizar recursos gestuais ou visuais para melhorar a comunicação.

Ø Utilizar situações naturais e reais para estimular a comunicação.

A Terapia de Integração Sensorial



Integração sensorial é o processo neurológico que organiza a sensação tanto do corpo como do ambiente e torna possível utilizar o corpo de forma efetiva no meio ambiente. Os aspectos espaciais e temporais dos inputs das diferentes modalidades de estímulos são interpretados, associados e unificados. É o processamento da informação… O cérebro deve selecionar promover, inibir, comparar e associar a informação sensorial num padrão flexível e constantemente modificado, ou seja, o cérebro tem de integrar a informação. (Ayres, 1989)

O brincar é uma excelente forma de desenvolver a integração sensorial. Desde pequena a criança naturalmente procura as atividades que promovem uma boa integração da informação recebida através dos sentidos. Ao movimentar-se, aprende sobre os limites do seu corpo dentro do espaço que a rodeia. Ao manipular objetos, aprende sobre o seu peso, textura e força que precisa para segurá-los. Toda essa informação é organizada e armazenada, possibilitando que a criança aprenda cada vez mais sobre o mundo em que vive.

A terapia de integração sensorial deve ocorrer pós criteriosa avaliação através de ferramentas padronizadas como as Observações Clinicas, Perfil Sensorial (Dunn, 1999; 2000) acrescida da observação do brincar livre e eventualmente outros testes conduzidos por terapeuta treinada na área são traçadas as hipóteses diagnosticas e se necessário os objetivos de tratamento.

Esta terapia é conduzida por terapeutas familiarizada com a teoria e metodologia de tratamento e é realizada em sala equipada com colchões, almofadas, diversos balanços, rede, balanço de câmara de ar, o trapézio, materiais como a caixa com grãos e bolas de texturas variadas carrinhos de rolimã e rampa entre outros equipamentos que propiciam a vivencia de brincadeiras com intenso input sensorial, sobretudo tátil, vestibular e proprioceptivo.

Os elementos centrais da terapia são: oferecer o desafio na medida certa; a escolha das atividades deve necessariamente ser feita em parceria com a criança; a terapia deve guiar a auto-organização da criança; propiciar um nível ótimo de alerta; criar um ambiente lúdico; maximizar o sucesso da criança e garantir sua segurança física; modificações do ambiente terapêutico para atrair e envolver a criança; e alimentar a aliança terapêutica: a confiança na terapeuta é essencial para o desenvolvimento do laço afetivo, que é a base para a colaboração eficaz entre o terapeuta e a criança (Parham et al., 2007).

Segundo Magalhães e Lambertucci (2008) a oportunidade para receber uma quantidade extra de estímulos sensoriais, durante brincadeiras significativas para a criança, aumenta sua habilidade para processar informações e responder apropriadamente aos estímulos. A ênfase, portanto, não é só na estimulação sensorial, mas principalmente em como a criança se organiza para responder aos estímulos e emitir respostas adaptativas. Resposta adaptativa geralmente se refere à habilidade para manter o controle postural, planejar os movimentos (praxias) e manter atenção apropriada, de forma a obter sucesso na tarefa.

Através da escolha ativa de brincadeiras, equipamentos e materiais, a criança expressa seu nível de desempenho e capacidade de processamento sensorial, cabendo ao terapeuta, graduar as atividades e promover o “desafio na medida certa” para desencadear respostas adaptativas cada vez mais complexas, que demandem maior integração sensorial.

Defensividade Sensorial

Todos nós temos a habilidade de sentir um perigo em potencial. Nossos sentidos nos
dizem se um inseto está andando em nossas costas, quando vamos cair, ou quando há fumaça no ar. Somos capazes de responder a esses acontecimentos com uma defesa apropriada ao estímulo. Algumas pessoas têm a tendência a reagir a algumas sensações inofensivas como se fossem perigosas ou dolorosas. Isso é chamado de defensividade sensorial.

Defensividade sensorial é simplesmente a super ativação de nossos sentidos protetores. É uma má percepção que faz com que nossas roupas pareçam aranhas em nossa pele e escadas pareçam rochedos. Indivíduos com defensividade sensorial podem ser descritos como às vezes procurando, às vezes evitando, algumas vezes hiperativos , emotivos, instáveis emocionalmente e/ou procurando sensorialmente. Cada indivíduo tem seu próprio estilo de resposta. Pode haver defensividade para um tipo de sensação (ex. sensibilidade ao toque é defensividade tátil) ou a muitos tipos de sensações.
Quando defensividade sensorial domina o comportamento de um indivíduo, outros sintomas sociais/emocionais podem aparecer. Esses efeitos secundários tornam-se um outro problema que é separado mas relacionado. Hábitos e medos aprendidos podem persistir se não tratados separadamente.

Defensividade Sensorial 
A tendência a reagir negativamente ou com alarme a entrada sensorial que geralmente é
considerada inofensiva ou não irritante é típica de defensividade sensorial. Sintomas comuns podem incluir hipersensividade a luz ou toque inesperado, movimento súbito ou hiperreação a superfícies instáveis, sons de alta frequência, excessos de barulho ou estímulos visuais e certos cheiros.

Comportamentos Emocionais e Sociais Relacionados
Defensividade sensorial resulta em gráus variáveis de estresse e ansiedade, embora sin-tomas possam variar de indivíduo para indivíduo. A criança com defensividade sensorial pode perceber erroneamente o mundo como perigoso, alarmante ou, no mínimo, irritante. Padrões e hábitos aprendidos freequentemente são desenvolvidos evitando perturbar eventos sensoriais ou procurando sensações que possam restaurar o conforto. Memórias inocentes podem ser armazenadas como experiências traumáticas. Relacionamentos podem ser exagerados. Comportamento com pessoas conhecidas e de confiança podem ser bem diferentes do com os outros. Esses comportamentos fazem sentido se vistos como a criança fazendo o melhor que pode para “sobreviver”.

Tipos de Defensividade Sensorial
Cada pessoa com defensividade sensorial desenvolve seu próprio conjunto de compor-tamentos.
Embora não seja possível enumerar todos os sintomas de defensividade sensorial, a lista que se segue é de sintomas comuns que podem ser atribuídos a cada sistema sensorial. Cada indivíduo pode ter apenas alguns destes sintomas ou padrões semelhantes de comportamento. É importante que o diagnóstico seja feito por uma terapeuta especializada através de uma entrevista cuidadosa de história sensorial.

Defensividade Tátil
Pessoas com defensividade tátil preferem tocar que ser tocados. Frequentemente fazem manha ou resistem para lavar o cabelo. Podem agir como se sua vida estivesse sendo ameaçada quando são banhados ou trocam suas roupas. Essas crianças frequentemente se irritam com alguns tipos de roupas, etiquetas ou roupas novas. Podem não gostar de ficar próximos a outros e evitar multidões. Frequentemente não gostam que suas mãos ou pés fiquem sujos. Podem parecer desnecessariamente grosseiros. Alguns oiden dar encontrões ou cair sobre coisas de propósito, como se procurando sensação ou parecem responder menos a certas sensações de dor.

Defensividade Oral
Algumas crianças não gostam ou evitam certas texturas ou tipos de comida. Podem ser hiper ou hipo sensíveis a comidas condimentadas ou quentes; evitam por objetos na boca; e/ou tem horror de escovar os dentes ou lavar o rosto. Alguns têm uma variedade de problemas de alimentação desde a infância.

Insegurança Gravitacional
Parece ser um medo irracional de mudança de posição ou movimento. Essas crianças geralmente têm medo quando seus pés deixam o chão, ou a cabeça é virada para baixo.

Defensividade Visual
Isto pode envolver uma hiper sensibilidade à luz e distraibilidade visual. Crianças com este problema podem evitar brincar fora, dependendo da luz e/ou precisar de óculos escuros para bloquear a luz. Podem assustar-se mais facilmente e/ou evitar contato olho a olho.

Defensividade Auditiva
Reflete uma hiper sensibilidade a certos sons e pode envolver respostas irritadas ou de medo a certos sons tal como aspirador de pó, motores, alarme de incêndio, etc. Crianças às vezes fazem uma quantidade exagerada de sons para bloquear outros sons.

Outros
Outros sintomas podem incluir sensibilidade pouco comum a gostos e/ou cheiros.

Abordagens de Tratamento
Tratamento guiado por profissional especialista em Integração Sensorial

Fonte: www.portalsaudebrasil.com

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

OS MITOS DA MOTRICIDADE OROFACIAL NA SÍNDROME DE DOWN

SARA ROSENFELD-JOHNSON, M.S., CCC/SLP 

Publicado na Advance Magazine em 4 de agosto de 2007.



Existe uma impressão visual que cada um de nós tem em mente quando pensamos em uma criança ou adulto com síndrome de Down. Como fonoaudióloga de consultório particular por vinte e cinco anos e como professora da cadeira de “Patologias de Fala e Linguagem” na terapia de Motricidade Orofacial, eu aprendi que esta impressão é um poderoso auxílio didático. Quando eu leciono, peço aos alunos/participantes que me contem o que eles consideram ser as características de uma criança com a síndrome de Down, ou de qualquer criança que tenha hipotonia de um ponto de vista oro-miofacial; via de regra eu obtenho as mesmas respostas. Suas descrições tornaram-se tão previsíveis que eu refiro-me a elas como os “Mitos da síndrome de Down”. Eis o que vêem estes profissionais: um palato duro alto/ogival (Mito#1), protrusão de língua (#2), perdas auditivas condutivas de leves a moderadas (#3), infecções crônicas do trato respiratório superior (#4), respiração bucal (#5), postura de boca habitualmente aberta (#6), e finalmente, a impressão de que a língua é maior do que a sua boca (#7).
Estas sete desordens estruturais e/ou funcionais têm sido comumente associadas à síndrome de Down, então porque rotulá-las mitos? Por que as crianças que as minhas colegas e eu temos trabalhado nos últimos quinze anos não apresentam mais estas características. A comunidade terapêutica permitiu, inadvertidamente, que estes mitos se difundissem por que não reconhecemos que eles possam ser evitados. Estas anormalidades ocorrem na maioria das crianças quando elas iniciam os programas de intervenção precoce. O que tem faltado nos nossos tratamentos que lhes permitiu desenvolverem-se? Como conseguimos evitá-los?
Uma rápida revisão de alguns aspectos do desenvolvimento oro-motor básico. As crianças nascem com dois pontos moles no crânio. Um no alto do crânio, na linha média (moleira), e outro embaixo do crânio também na linha média. Estes pontos moles facilitam o processo de nascimento, permitindo a superposição dessas placas do crânio, facilitando o movimento descendente da criança. Depois do nascimento, as placas voltam à sua posição original, finalmente juntando-se entre 12 e 18 meses de idade. Quando as placas encontram-se no topo do crânio, moldam-se ao formato do contorno do cérebro, nos dando o formato redondo da cabeça. Na população com SD, o fechamento da moleira não se dá antes dos 24 meses de idade.
Oclusão idêntica das placas ocorre sob o cérebro, nas placas do palato duro. Assim como o cérebro configura o formato do topo da cabeça, a língua dá forma ao palato. Durante o fechamento do palato, se a língua não se mantiver habitualmente dentro da boca, não há nada que iniba o movimento das placas em direção à linha média. O resultado: mito nº. 1, um palato duro alto e estreito.
Isto pode ser evitado? Voltemos ao bebê no nascimento. Não é do conhecimento geral que mesmo crianças com hipotonia severa, no nascimento, incluindo SD, são respiradores nasais. Elas mantêm suas línguas dentro da boca e, quando avaliadas, as línguas não são exageradamente grandes. Oralmente, estas crianças se parecem com qualquer outra criança, com exceção da sucção mais fraca. Esta importante observação nos leva à conexão entre músculos da mastigação e a musculatura para falar.
Em rápida sucessão, uma cascata de eventos se abre para estes bebes com sucção fraca. Muitas mães me contaram que gostariam profundamente de amamentar seu recém-nascido, mas são incapazes por que o bebê tem uma sucção fraca e/ou a mãe não produz leite suficiente. Excluindo um problema de saúde, a dificuldade é geralmente que a sucção da criança não é bastante forte para estimular as glândulas mamárias para produzir uma quantidade suficiente de leite.
Neste cenário, as mães são tradicionalmente encorajadas pelos médicos a usarem a mamadeira. Amamentar com a mamadeira é adequado quando há necessidade terapêutica, mas às mães são dadas poucas escolhas. Além do mais, quando amamentados com a mamadeira, é comum que o furo do bico seja em cruz ou alargado para facilitar a sucção do bebê. A criança é apoiada no braço dobrado da mãe e a mamadeira é segurada na diagonal, com o bico para baixo. Visualize a cena – o leite escorre facilmente na boca do bebê, mas o quê faz parar o fluxo do líquido, permitindo à criança engolir? A língua protruída; mito nº.2. A excessiva protrusão de língua é um comportamento aprendido que cria uma manifestação física.
Continue visualizando esta criança com baixo tônus muscular. Existe um esfíncter muscular na base da Tuba Auditiva, cuja função é permitir o equilíbrio de pressão dentro do ouvido médio. Se o baixo tônus muscular reduz a eficiência deste esfíncter, então na posição de amamentar o bebê descrita acima, o leite pode perfeitamente entrar no ouvido médio. O resultado: otite média crônica; fator primário causador de perda auditiva condutiva; mito nº. 3.
A entrada de líquido no ouvido médio, e a infecção resultante, difunde-se através das mucosas das membranas do sistema respiratório e freqüentemente torna-se a origem de infecções crônicas do trato respiratório superior; mito nº. 4. A cavidade nasal está congestionada, a criança transfere a respiração nasal para uma respiração oral e temos o mito nº. 5. A mandíbula “cai” para acomodar a respiração oral, encorajando uma postura crônica de boca aberta; mito nº. 6. Como a língua não pode mais ser mantida dentro da boca pelos lábios fechados, o arco palatal não tem nada que impeça o seu movimento em direção à linha média, e acabamos com um palato estreito e ogival, completando o círculo de retorno ao mito nº. 1. A língua da criança permanece flácida com a postura de boca aberta em descanso. A falta de uma retração apropriada da língua é o mito nº. 7. Esta aparência alargada da língua não é, portanto, geneticamente codificada, mas sim uma conseqüência. É muito mais o resultado de uma série de cuidados que são dados em resposta ao problema verdadeiro da fraca sucção.
A compreensão deste cenário permite o entendimento das características vistas nestas crianças quando a fonoaudióloga começa a trabalhar na correção das diversos distúrbios da articulação. O atendimento da musculatura/estrutura orofacial desde o nascimento constitui uma terapia preventiva mais eficiente do que a postura “vamos-esperar-para-ver”, existente hoje em dia. Estas características físicas não estão pré-determinadas. O nosso objetivo terapêutico é o de normalizar o sistema oro-motor através da alimentação iniciada na infância.
Na infância, a nutrição tem a atenção prioritária. Nosso trabalho é balancear a nutrição, uma alimentação bem sucedida e o atendimento terapêutico. O objetivo número 1 é mudar a posição na qual a criança é alimentada. A boca deve sempre estar abaixo dos ouvidos para prevenir a entrada do leite na Tuba Auditiva. A posição da mamadeira será alterada para introduzir o bico abaixo da boca, verticalmente, estimulando um leve abaixamento do queixo do nenê. Nesta posição a criança suga o leite do bico predominantemente com a retração da língua. Esta posição e a força da sucção evitam que o leite de escorra livremente dentro da boca da criança. A criança não necessita mais de uma forte protrusão da língua para permitir a deglutição. É muito importante não aumentar o furo do bico.
As crianças com sucção fraca conseguem puxar o leite para suas bocas nesta posição? Sim, é só você não usar as mamadeiras comuns. Mamadeiras com medidores, de 100 ou 200 ml, podem ser enchidas com leite materno ou qualquer alimento líquido, e o ar pode ser expulso, criando um vácuo. Este tipo de mamadeira pode então ser oferecido à criança em uma posição verticalizada. Se a criança tem sucção fraca e apresenta problemas para sugar o leite, você pode facilitar pressionando suavemente o frasco. Quando eu usei esta técnica, até mesmo com crianças com paralisia mais severa, sempre obtive sucesso. Depois de uma semana mais ou menos, você poderá pressionar menos o frasco, à medida que os músculos vão ficando mais fortes. Esta facilitação é geralmente eliminada entre 3 a 6 semanas.
As mães que amamentam no seio devem seguir os mesmos princípios. Segurar a criança em uma posição onde a boca esteja mais baixa que os ouvidos. Enquanto o bebê suga, a mãe deve estimular as glândulas mamárias para aumentar o fluxo do leite. Isto faz com que o leite da mãe saia com mais força. À medida que a força de sucção da criança aumenta, a necessidade de estimular a glândula será eliminada.
Uma simples modificação na posição da boca da criança relacionada em relação à mamadeira/peito pode melhorar a habilidade oral-motora a longo prazo. Esta modificação evita que uma série de padrões anormais de compensação se desenvolvam. Isto é tão significativo que eu incorporei uma intervenção alimentar no tratamento de todos os meus pacientes com dificuldades oro-motoras, independente da idade ou do diagnóstico. Até mesmo meus pacientes “não-especiais” da 3ª série em tratamento por interposição de língua, trabalham para desenvolver força muscular e retração de língua através da alimentação.
Se os Fonoaudiólogos aceitam a premissa de que a fala normal é baseada em estruturas e funções orais normais, então devemos reconhecer a importância de propiciar desde o início uma intervenção através da alimentação.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

EstimuLar Fonoaudiologia e Fisioterapia Domiciliar - Brasilia DF

Agende uma visita e nós vamos até você!
www.fonoefisiodomicilio.com.br

Parkinson: dicas para comer melhor


- Alimente-se em local calmo, sem sons altos e luzes fortes;
- Procure não ficar distraído enquanto come;
- Evite falar enquanto se alimenta;
- Mantenha horários regulares para as refeições;
- Observe se a altura da mesa está adequada;
- Coloque os pés bem apoiados;
- Mantenha-se sentado bem próximo à mesa;
- Apóie os braços sobre a mesa;
- Mantenha seu tronco ereto;
- Use talheres de cabo grosso;
- Use copos largos e curtos;
- Se achar mais fácil, substitua o garfo e a faca pela colher;
- Coloque pouca quantidade de comida na boca;
- Coma devagar, procurando colocar mais alimento na boca apenas depois de engolir;
- Não coloque excesso de alimento na boca;
- Dê pequenos goles, pequenas mordidas e colheradas moderadas;
- Evite alimentos muito secos, assim como caldos e sopas muito ralos;
- Mastigue bem os alimentos;
- Coma de boca fechada;
- O uso de canudos pode facilitar a deglutição e a entrada de líquidos na boca;
- Durante e após as refeições, verifique se não há resíduos de alimentos na boca, seja líquido, pastoso ou sólido;
- Se tiver a sensação de "alimento parado na garganta", engula mais vezes a saliva;
- Alimente-se sem pressa;
- Procure não deitar logo após as refeições, espere pelo menos uma hora;
- Não deixe de fazer nenhuma refeição durante o dia;
- Se preferir, coloque suportes de borracha nos talheres adicionais ou adquira talheres em formato anatômico especial;
- Se houver grande dificuldade para mastigar e engolir, pique, amasse, bata no liquidificador, desfie ou moa os alimentos.

Qualquer dúvida, procure um Fonoaudiólogo ou um médico otorrinolaringologista!

Fonte: Fala e deglutição na doença de Parkinson. Dias, A. E.; Barbosa, E. R. Boehringer Ingelheim, 2011.


Biblioteca Sonora Digital para Deficientes Visuais

Navegar na Internet não é tarefa fácil para quem tem deficiências visuais. Também o acesso à Cultura nem sempre é simples quando se fala de cidadãos cegos ou amblíopes. Para facilitar o acesso a obras literárias por parte deste tipo de utilizadores, a Biblioteca Pública Municipal do Porto (Portugal) resolveu colocar on-line a Biblioteca Sonora Digital

Lançada no final do ano passado, a Biblioteca Sonora Digital é um novo serviço on-line, disponível através do site do Catálogo Público de Acesso em Linha das Bibliotecas Municipais do Porto, exclusivo para cidadãos com deficiências visuais. Neste site, estes cibernautas podem aceder a um repositório eletrônico que inclui diversas obras em formato áudio livro existentes no acervo da Biblioteca Sonora da Biblioteca Pública Municipal do Porto (BPMP). 
Cerca de 500 obras disponíveis até Março.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA - EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA: Conheça os cursos oferecidos gratuitamente pela AMB

Livro “Introdução à Psicologia e Pessoas com Deficiência.

Para acessar a todos os capítulos do livro “Introdução Psicologia e Pessoas com Deficiência” disponível online, basta acessar o Blog Psicologia e Deficiência.
Livro do Escritor Emilio Figueira

Zumbido

Site muito interessante com diversas informações sobre Zumbido, em especial os EXEMPLOS DE SONS dos tipos de Zumbidos!!

Revista Ouvir Bem Edição 4

Revista Comunicar No 51

Jogos para crianças com TDAH em espanhol!


Músicas de Mozart ajudam bebês prematuros a ganhar peso

  "Tocar músicas de Mozart para bebês prematuros pode ajudá-los a ganhar peso, indicou uma pesquisa realizada pela Universidade de Tel-Aviv, em Israel.
     Uma vez por dia, durante dois dias consecutivos, médicos tocaram cerca de 30 minutos de músicas do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart para 20 bebês prematuros. A experiência foi realizada no Centro Médico de Tel-Aviv. Após escutar as canções, as crianças ficaram calmas e mais revigoradas do que outro grupo que ficou sem música. Segundo os especialistas, os bebês que pouparam energia não precisaram de tantas calorias para manter o organismo em funcionamento, o que resultou em um importante ganho de peso.

     "Não está muito claro como a música afeta os bebês, mas ela tem feito com que eles fiquem calmos e menos propensos a gastar energia, ao contrário do que ocorre quando estão agitados", disse o pesquisador Dror Mandel, professor da Universidade de Tel-Aviv.
     Apesar da pequena amostragem, os cientistas disseram estar satisfeitos com a estatística.
     Estudos anteriores têm demonstrado que a música pode reduzir o estresse, diminuir o ritmo cardíaco e aumentar a saturação de oxigênio em bebês prematuros. A queda na oxigenação pode ser um sinal de problemas no coração ou pulmões.
     Os pesquisadores não tentaram tocar músicas de outros compositores, mas acreditam que os resultados devem ser semelhantes.
     "Precisamos saber se o que encontramos é um 'efeito Mozart' ou somente uma resposta a qualquer gênero musical", disse Mandel à LiveScience. "Acredito que outros compositores podem causar o mesmo efeito, mas essas conclusões também podem apontar uma característica particular da obra de Mozart", completou.
     Os cientistas escolheram o compositor austríaco por causa de um estudo anterior, publicado em 1993, que sugeria uma melhora temporária no desempenho de algumas tarefas entre universitários que escutavam sonatas de Mozart durante 10 minutos por dia.
     "As melodias repetitivas da música de Mozart podem ter um efeito organizacional no córtex cerebral", explicou o pesquisador israelense. "Diferente de Beethoven, Bach ou Bartok, as composições de Mozart possuem uma melodia bastante repetitiva", disse.
     Os pesquisadores de Israel planejam testar diferentes gêneros musicais em breve. Um dos membros do grupo de cientistas acredita que o rap pode evocar os mesmos efeitos, graças à pulsação e à frequência repetitiva.
     A pesquisa liderada por Mandel e seu colega Ronit Lubetzky foi publicada na edição deste mês da revista Pediatrics."


Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/vida-digital/mozart-ajuda-bebes-prematuros-se-tornarem-mais-fortes